sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O maior seja o menor



Lucas 22
24 Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. 25 Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. 26 Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve.

         Quem é o maior. Essa é a maior questão, a maior discussão de todos os tempos no coração do ser humano. Os discípulos de Jesus naquela época eram sinceros o bastante para discutir isso abertamente. Hoje em dia essas coisas são muito bem clamufadas pela hipocrisia. No entanto ainda é a discussão mais difundida no coração  dos discípulos de Jesus, também hoje.
         O ser humano quer dominar o outro, gosta de exercer a primazia, a autoridade. Não estamos muitos dispostos a servir no ministério do outro, a colaborar com o projeto do outro, a ajudar a levantar o outro. Queremos nos levantar a nós mesmos e exigimos para isso, a ajuda do outro, a servidão do outro. Queremos apoio, procuramos apoio, mas apoiar, oferecer apoio é quase sempre uma outra história bem diferente.
         Não pensamos duas vezes em nos tornar competidores dos nossos irmãos. Criamos um projeto igual, apenas com um nome diferente. Inventamos disfarces, tentamos driblar a consciência, desaceleramos o passo, abandonamos a colaboração, torcemos para que o projeto do outro acabe apenas para colocar no lugar o nosso.
Desejamos ser reis de multidões, dominar sobre as pessoas, exercer autoridade sobre elas e ainda ser reconhecidos como benfeitores. Nesse sentido, nosso coração está completamente no mundo. O que somos – pessoas completamente despreparadas para exercer a liderança.
         Pensamos que a nossa opinião é a correta, que o nosso jeito de fazer as coisas é o melhor, o perfeito. E raramente nos dispomos a reconhecer nossos erros. Afinal, pensamos ser o maior e possuir o direito de comandar.
         Porém Jesus Cristo disse: Vós não sois assim. Vós, não deveis ser assim. Pelo contrário – o maior entre vós, seja como o menor. E o que dirige, o que governa, seja aquele que mais serve.
         Servir – tem se tornado uma tarefa perdida no tempo. Cada um que se vire. Self service em todos os lugares. À primeira vista parece ser um atrativo servir-se a si mesmo, mas no fundo é para dispensar os servos. Cada vez mais, há menos disposição para servir. E isso que está disseminado no mundo também afeta a igreja, adentra a igreja a mesma filosofia que Jesus procurou combater, que naquele tempo já contaminara o coração dos discípulos.
         É um grande mal. O maior mal do coração dos discípulos – o desejo de ser o maior, de parecer o maior, no entanto, destituído da disposição de servir.
         O maior entre vós seja como o menor, o líder seja aquele que serve. Que sejamos transformados em nossa maneira de viver. Que possamos rasgar o nosso coração diante de Deus a fim de sermos sarados. Que o Senhor nos cure, nos transforme. Que tomemos a firme decisão de sermos diferentes.
         Sermos o menor e jamais desejar ser o maior. Porque O Maior é Cristo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Geração eleita



Geração Eleita
1 Pedro 2: 1-10.
            Pedro quando jovem, fez parte de uma geração que acreditava na vinda do Messias de forma gloriosa, como o Rei de Israel que se assentaria num trono e mudaria todas as coisas repentinamente. Aquela geração acreditava que Cristo viria para fazer o que eles queriam. Mas essa expectativa logo foi frustrada.
Lucas 17: 20-21.
"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós."
            A geração eleita, escolhida pela graça foi tirada do meio da geração com expectativas erradas. A geração eleita não estava pronta por si mesma ou profeticamente. Teve que ser formada a partir de mudanças de vida e sobretudo mudanças no interior. Foi uma geração incrédula, má e perversa transformada em geração eleita.
Atos 2: 40.
"Com muitas outras palavras Pedro deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa."

            Agora, Pedro está escrevendo para algumas igrejas. E ele não vai declarando logo de cara – vós sois a geração eleita. Primeiramente ele fala no capítulo 1 sobre a santidade na vida e a santidade no amor.
1 Pedro 2: 1.
"Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências,"
            Se despir. O jovem quando chega em casa tira a camiseta joga num canto, o tênis no meio do quarto, a meia em cima da cama, cada peça de roupa para um lado. Está se despojando de suas vestes. Bom é preciso fazer da mesma forma ao chegar para a casa de Deus. Se despojar das coisas erradas, das vestes velhas, suadas, surradas. Depois é que vai se alimentar. Claro que nesse intervalo houve um banho.
1 Pedro 2: 2.
"desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,"
            Existem pessoas que querem se alimentar estando sujos.
            Os jovens desejam comer lanche. Pizza.
            Desejar se alimentar das verdades cristãs. Como crianças – uma geração sendo formada.
1 Pedro 2: 4-5.
"Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,"
" também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo."

Se aproximando da Pedra que vive nos tronamos pedras que vivem.
Se trata de pedras de construção. A pedra de construção é primeiramente retirada do meio onde estava por muito tempo, depois ela é lapidada para atingir um determinado formato.
Uma pedra de construção está firmada sobre a geração anterior, que veio primeiro que ela, faz um intercâmbio com os colegas da sua própria geração e dá apoio à geração que virá sobre ela.
Se tornando um corpo de sacerdotes.
Cada um precisa se tornar uma pedra viva, e fazer a ligação com a geração anterior e a posterior e ainda com as outras pedras vidas da mesma geração.
Salmos 145: 4.
"Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos."
Às vezes o jovem pensa, somos jovens a força está conosco, vamos fazer do nosso jeito. Não, dessa forma torna-se uma geração isolada, fora da casa espiritual. Vai consultar a geração anterior!!! Vai intercambiar-se com as gerações anteriores, para ter estrutura e força para sustentar a próxima geração.
Uma geração de pedras vivas que não respeita as gerações anteriores não faz parte do templo, não faz parte da casa espiritual.

Juízes 2: 10-11.

"Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins."
            Josué havia declarado: Eu e minha casa serviremos ao Senhor, mas não nem todos fizeram isso. A geração eleita que conquistou a terra prometida não transmitiu à geração posterior o conhecimento de Deus. Eles pensavam apenas em suas conquistas.
            O período dos juízes é um dos períodos mais tristes porque cada um fazia o que queria pois não havia Rei em Israel.

Existe uma função, existe uma missão para cada geração de pedras vivas. Oferecer conjuntamente sacrifícios espirituais agradáveis a Deus.

1 Pedro 2: 6-8.
"Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular  e:  Pedra de tropeço e rocha de ofensa.  São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos."
         Em uma geração alguns são gerados de novo. Se tornando a geração dos que crêem.
Existem duas gerações conflitantes. A geração eleita e a geração incrédula.
Geração implica de quem foi gerado. E o que está movendo essa geração.

Existem várias gerações num mesmo tempo, no mesmo século.
Nem todos se enquadram na geração dominante de sua época.

Filipenses 2: 14-15.
"Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,"
           

Provérbios 30
11 Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe.
12 Há uma geração que é pura aos seus olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.
13 Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima.

Geração indecisa. Geração que não se compromete. Geração que não entra na dança, nem no choro.
Mateus 11: 16-17.
"Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes."

Geração da mesmice. De deixa como está. Geração que não se levanta.
"Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre." Eclesiastes 1: 4.

1 Pedro 2: 9.
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;"

            Geração eleita. Gerada e escolhida para um propósito. Gerados de novo na palavra e na oração. Escolhida para um propósito.
Eleita. Recebeu o voto de Deus para exercer um cargo, uma função. Alguns eleitos não assumem. Descobre-se que não tem salário. Não é pra você ganhar coisas. Muitos são eleitos mas só recebem o salário, não fazem nada. Muitos eleitos dessa geração, só recebem as bênçãos, não exercem o ofício de sacerdotes.
Corre-se o risco de passar a vida toda ouvindo promessas, batendo no peito a dizer, somos geração eleita e não administrar nada efetivamente.
            O voto da graça não é por merecimento. Não é porque é jovem e tem força, beleza e talentos. Eleitos, não por merecimento, não por ser melhor que os outros.
           
            A pessoa quando é eleita faz festa, grita, bate no peito. Depois descobre que tem um serviço a fazer. Ser sacerdote do Rei. O que é um sacerdote. A primeira função de um sacerdote: adorar a Deus e ajudar outras pessoas a também o adorar. A nossa função é conectar Deus ao homem e transformá-lo também em sacerdote. O sacerdote atende ao povo, e leva até Deus as necessidades do povo. É um intercessor. O sacerdote também ensinava a Palavra.
            Nação – pessoas associadas ou vivendo em comunhão.
            Povo de propriedade exclusiva de Deus. Quem é o seu dono?
            Você pertence a dois senhores?

Mateus 6: 24.
"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."
Mateus 12
38 Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. 39 Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas.
            Vai se aplicar nas escrituras. Vai estudar a Bíblia, vai orar, vai exercer o ministério para o qual Deus o chamou, senão essa eleição não vai deixar uma marca nessa geração.
           
           

1 Pedro 2: 10.
"Vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia."
            Dessa forma somos transformados para fazer a diferença. Antes, não éramos povo, agora somos o povo de Deus. A geração eleita foi eleita para exercer um cargo, o de sacerdote do Rei. Foi chamada para viver em comunhão e unidade. Para pertencer exclusivamente a Deus. E proclamar Suas virtudes.
            Deus nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.

Salmos 78: 5-7.
"Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos;"

Uma geração eleita precisa gerar uma nova geração no conhecimento e na confiança em Deus.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Lavando as redes



Lucas 5: 1-2.
"Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré;  e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes."

         Jesus Cristo estava em plena atividade ministerial. Naquele momento a multidão de seguidores, a multidão de ouvintes havia crescido, havia se expandido a tal ponto que iam empurrando Jesus, comprimindo Jesus para a praia junto ao lago de Genesaré. As pessoas queriam ouvi-lo, buscavam suas palavras, buscavam ser ministradas, buscavam o alcance de seu ministério.
         Então, olhando de cima, observa-se um contraste. Ali perto, pescadores um tanto quanto desanimados estavam por findar uma noite de trabalho improdutiva. Haviam trabalhado a noite toda, haviam se esforçado muito. O passar das horas, o fracasso da jornada os havia compelido até à praia, a mesma praia que o sucesso do ministério havia compelido Jesus. Eis aí o ponto onde o ser humano em seu fracasso é encontrado por Jesus em Seu sucesso.
         Jesus estava tendo sucesso o suficiente mas não ignorou aqueles pescadores fracassados. Discípulos poderiam ser extraídos daquela multidão, mas Jesus estava empenhado naquela manhã em resgatar aqueles pescadores que nada tinham conseguido daquela vez. No entanto, uma coisa bastante interessante há para se notar na atitude daqueles pescadores. Eles estavam lavando as redes.
         Se estivessem desanimados, se estivessem decididos a desistir simplesmente teriam deixado as redes sujas como estavam, ali dentro do barco ou num lugar qualquer. Mas mesmo depois de uma noite no mar, cansados e sem motivos para se alegrar ou continuar estavam lavando as redes, deixando-as prontas para um outro dia, para uma outra jornada. Eles pretendiam retornar, planejavam continuar mais tarde. Depois de lavar as redes iriam para casa, se alimentar, dormir um pouco e mais tarde tomar em suas mão as redes lavadas e voltar a pescar.
         E é assim que deve ser quando findamos uma temporada num ministério. Remamos para a praia, terminamos a noite ou dia, desembarcamos e aí precisamos lavar as redes. Tudo o que trouxemos de lembranças negativas tem que ser lavado. Tudo o que não aconteceu do que almejávamos tem que ser lavado. As frustrações, os impedimentos, os desastres, os problemas tem que ser lavados. As redes precisam estar limpas.
         Lavar as redes significa esquecer o passado e considerar um novo dia, um novo amanhã. Lavar as redes significa estar disposto a recomeçar. Lavar as redes significa não ser paralisado pelas coisas que não deram certo, lavar as redes significa acreditar, estar disposto a tentar outra vez. Guardar as redes sujas é um mal para si mesmo.
         Quando lavamos as redes, ficamos limpos e prontos para a nova etapa que Jesus tem nas nossas vidas. Quando lavamos as redes Jesus nos chama para um trabalho muito mais significativo. Você que terminou uma jornada, você que terminou um relacionamento, você que saiu de um ministério, você que por alguma razão deixou suas atividades e atracou na praia, não deixe de lavar as redes. Não deixe as redes sujas com as experiências amargas e frustrantes da última temporada. As redes precisam ser limpas de lembranças, de sentimentos, e até mesmo de pessoas que trouxeram ou provocaram embaraços e prejuízos.
         Lave suas redes. Fique pronto, fique pronta. Jesus já se encontra na mesma praia que você está. Jesus está chegando com uma proposta nova, com um propósito novo, e dessa vez suas redes, se estiverem limpas, lavadas vão se encher na pesca maravilhosa que Jesus vai prover.

Empurrando a pedra



Empurrando a Pedra

         Havia um homem muito preocupado com o sentido da vida, mais precisamente com o que Deus queria que ele fizesse. Qual seria seu ministério. Qual seria sua função, sua utilidade, sua ocupação no Reino de Deus.
         Esse homem orava e clamava a Deus para que lhe fosse revelada a perfeita vontade do Senhor. Ele dizia em suas orações que fosse qualquer coisa ele estava pronto e disposto a fazer para o Senhor. Dessa forma se colocou diante de Deus e se dispôs a fazer qualquer coisa. Então Deus lhe falou profundamente ao coração.
         - Tenho uma tarefa pra você. Quero que você empurre uma pedra que está num determinado local aqui perto de sua casa. A presença de Deus foi tão grande, o testemunho do Espírito tão real que aquele homem se encheu de alegria e convicção. Aquele homem começou a sonhar com a tarefa que Deus lhe deu. E começou a imaginar a sua possível utilidade. Imaginou que estaria fazendo um bem muito grande para as pessoas ao tirar uma pedra do caminho. Pensou que utilidade grande seria empurrar uma pedra sob o comando de Deus, que essa pedra poderia ser usada para uma obra. Enfim, tinha encontrado o sentido de sua vida, tinha lhe sido revelado o seu ministério – empurrar uma pedra.
         Ficou ansioso aquela noite e no outro dia acordou ainda de madrugada e foi para o local indicado pelo Senhor. Ali chegando viu uma grande pedra, maior que suas forças. Notou também que aquela pedra não estava no meio de algum caminho, e que também não serviria para alguma obra. Se encontrava num local afastado de tudo e já não via naquilo sentido algum. Porém no seu interior o testemunho do Espírito continuava latente lhe dizendo para empurrar a pedra. Então decidiu obedecer. Durante um bom tempo empregou sua força, seus músculos para empurrar aquela pedra, porém ela não saiu do lugar. Então voltou pra casa, bastante desanimado.
         No outro dia, entretanto, o Senhor o chamou dizendo – vá empurrar a pedra, e ele foi, não podia resistir ao chamado de Deus. E assim foi durante vários meses. Todos os dias ele era chamado para empurrar aquela pedra. Todos os dias ele se sentia convencido a fazer aquilo e se dedicava àquela tarefa, mesmo sem entender por que, mesmo que nenhum resultado era obtido.
         Um dia porém aquele homem sentiu que devia parar com aquilo, que aquele ministério havia chegado ao fim, e resolveu perguntar ao Senhor por que lhe havia dado aquela tarefa a seu ver completamente improdutiva e sem sentido. Então o Senhor Deus lhe disse: olhe para o seu braços, considera a sua força, compara com seu estado físico dos meses anteriores. Então seus olhos se abriram e ele pôde perceber o quanto havia ficado forte, o quanto de músculos bem definidos agora faziam parte de seu corpo. Assim aquele homem foi treinado no condicionamento do seu corpo e ainda mais na arte de obedecer.
         Deus também pode proceder dessa forma conosco. Às vezes uma tarefa que Deus nos dá não tem como objetivo um resultado previsível e visível. Deus pode estar treinando nossa obediência, nossa resistência, nossa competência e nossa fé. Deus pode estar criando um meio para o desenvolvimento de habilidades, para a competência de assumir responsabilidades.
         Não temos que ter a preocupação com o tipo, a qualidade ou a quantidade dos resultados. Nossa tarefa é obedecer a Deus mesmo quando ele nos manda empurrar a pedra. Empurrando a pedra que Deus manda estamos fazendo a vontade de Deus, e diante disso não importa a opinião dos outros, não importa a acusação dos outros quanto a não haver frutos, a não haver resultados visíveis e palpáveis.
         Na simples obediência, Deus está operando coisas extraordinárias, a maioria das vezes invisíveis aos olhos humanos, mas altamente significativas no contexto geral da nossa história e do Reino de Deus.
         Empurre a pedra, e continue a empurrar a pedra, não queira entender todos os porquês, não procure explicação do por que Deus te mandou fazer algo diferente de todos e você nem ninguém veem resultado ou sentido nisso. Empurre a pedra, continue a empurrar a pedra até o dia em que o Senhor Deus ver que você está treinado o suficiente para te colocar em algo que faça o maior sentido, realize a sua vida, preencha o seu coração e obtenha os resultados que o mundo possa ver, refletir e ser abençoado.

Desintoxicando a alma



Desintoxicando a alma

         Existem muitas substâncias que possuem a propriedade de intoxicar o corpo, prejudicando seu funcionamento, paralisando órgãos e suas funções, e podendo levar à morte. Do mesmo modo existem situações, ações, atitudes, práticas e certas exposições que intoxicam a alma. A alma pode ser envenenada pela raiva, pela mania de perseguição, a alma pode ser envenenada por uma expectativa frustrada, por uma ansiedade constantemente alimentada, por uma esperança que se adia e se confunde, a alma pode ser envenenada por uma luta que nunca tem fim.
         A alma intoxicada precisa passar pelo processo de desintoxicação. E a melhor maneira de desintoxicar a alma é proporcionar um tempo de reflexão a ela. A reflexão é como entrar num rio e sentir que as águas vão levando embora toda sujeira. A alma está sujeita a ser intoxicada no ambiente de trabalho, no seio familiar e até mesmo na igreja. Na igreja a alma se depara com as mais variadas situações, na igreja a alma interage com todo tipo de pessoas, na igreja a alma entra em campos de guerra, a alma adentra ambientes sombrios, a alma enfrenta situações de stress, a alma lida com sentimentos, pretensões, e fica exposta a tudo o que há de melhor e pior no ser humano.
         A lida da alma pode ser excruciante. A alma pode se cansar de tudo, ficar intoxicada com os próprios venenos e as toxinas alheias até chegar o momento que a alma percebe que esse ambiente não dá mais para ser sustentado, então a alma decide partir, precisa mudar todo esse quadro que a leva lentamente para a morte ou paralisia completa.
         Minha alma se encontra em pleno processo de desintoxicação. Estou revendo os fatos, processando novamente em minha mente todos os acontecimentos dos últimos anos. Estou reconhecendo meus erros e pedindo perdão. Estou sendo liberto de toda a minha pretensão. Estou ficando livre da minha luta sem fim.
Me retirei recentemente do campo de luta. Os rostos marcados estão sendo apagados. O alvo que tencionava atingir sem apoio algum está desfeito e lançado ao chão. Não tenho mais preocupação. Estou livre dos embaraços, estou livre de tentar colocar em prática a minha visão. Estou livre da luta que me angariava e acirrava cada dia mais a fúria de certos irmãos. Não sou mais alvo de crítica, de inveja, de cópia, ou de investigação. As disputas pararam. As tensões se foram. Os elementos tóxicos não estão mais sendo injetados na veia. Pelo contrário estou em pleno processo de desintoxicação.
As pessoas, os irmãos que se encontravam como meus adversários agora são simplesmente irmãos. Deixei a luta, abandonei o campo de ação. Se eu estava certo ou errado, não sei, só sei que tinha uma convicção, que tentei de todas as formas colocar um plano em ação – influenciar as pessoas levando-as a exercer o ministério que Deus colocou em suas mãos. Denunciei, critiquei, expus os problemas, sem medo de retaliação. Não escondi minha face, não fechei os meu olhos, falei o que estava em meu coração. Não podia ficar calado, não podia fingir que tudo estava bem.
Me sentia como o peso de equilíbrio no outro prato da balança, fazendo peso, fazendo pressão, agora tudo mudou, agora parti, o Senhor Deus está cuidando da minha alma. Essas palavras também fazem parte da minha desintoxicação. Estou me sentindo livre, cada vez mais livre, estou lavando as redes de pesca e as deixando prontas para que na próxima temporada possa entrar em ação.
Sabe, na maioria das vezes não conseguimos nos esquivar de entrar em contato com os tóxicos da alma. Eles são pulverizados o tempo o todo, eles estão impregnados no ar. No entanto chega um momento no qual não dá mais pra caminhar, não dá mais pra digerir direito, não dá mais pra pensar. E se não for possível encontrar um antídoto, um remédio para cada toxina da alma, a única solução é deixar o ambiente que se tornou inóspito, é mudar de ares, e ir respirar e viver em outro lugar. Um dia eu disse para três pessoas, se for preciso, partam, mas não morram nesse lugar, não sejam sufocados aqui. Agora aplico a mim mesmo o meu próprio conselho e vivo outra vez. Eu vivo outra vez!

As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja que é de Jesus Cristo



As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja que é de Jesus Cristo

Mateus 16: 18.
"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."
           
            Jesus lançou uma pergunta aos discípulos para ver o que eles iriam dizer. A pergunta foi: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? As respostas foram as mais variadas. Uns diziam que era Jeremias, Elias, João Batista ou algum dos profetas. Então Jesus se vira diretamente para os discípulos e lhes pergunta: - E vós, quem dizeis que eu sou?
            Simão Barjonas respondeu primeiro de forma clara e acertada. Não houve tempo para que outro discípulo respondesse antes. Provavelmente também eles dariam respostas diferentes e sem nexo. Mas a resposta de Simão foi categórica. – Tu És O Cristo, O Filho do Deus vivo! Então Jesus disse que Simão havia recebido uma revelação do Pai. Jesus ficou contente com Pedro ao ver que Pedro estava centrado no caminho e lhe entregou algo fantástico ao apontar para Simão e dizer:
            Também eu te digo que tu és uma pedra. A seguir apontando para si mesmo Jesus continuou dizendo: e sobre esta Rocha edificarei a minha igreja.
            A igreja não é e não pode, ou seja não há condições de ser edificada sobre uma pedra. Mas sobre uma Rocha aí sim há espaço, estrutura e firmeza para se construir a igreja. Pedro, uma pedra, é pequeno, o diferencial é que é uma pequena pedra à semelhança da Rocha. Assim sendo, Pedro também levaria em si um pouco da igreja.
            Então Jesus termina dizendo que: as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja. A idéia de portas do inferno se refere a aberturas na terra de onde se acreditava sair os demônios. Porta também tem como referência o local onde as pessoas se reuniam, trocavam informações e tomavam decisões. Porta ainda faz uma referência a um determinado lugar fechado, uma prisão de criaturas loucas para sair detonando tudo.
Dessa forma, as portas do inferno significam uma investida do inferno, um plano elaborado, uma decisão tomada, uma iniciativa iniciada e colocada em ação contra a igreja. Significam atos revolucionários e desesperados do inferno. Porém a igreja construída sobre a Rocha, edificada no fundamento perfeito que é Jesus Cristo, essa igreja é resistente, é forte, é inabalável.
A igreja de Jesus não teme o inferno e suas portas. Não teme seu fluxo, seu envio de principados e potestades. Não teme suas investidas, não teme seus propósitos, não teme seus planos. E ainda que tudo isso seja feito e seja lançado contra a igreja de Jesus, ela não cai, porque está edificada sobre a Rocha que é Jesus Cristo.
Uma coisa importante, porém, é necessário observar. Uma igreja para ser verdadeiramente edificada sobre a Rocha que é Jesus, uma igreja que seja e que pertença a Jesus é aquela igreja que faz o que Jesus manda, e que é como Jesus Cristo quer que ela seja. Uma igreja missionária, uma igreja que ama, uma igreja que ora, uma igreja que adora, uma igreja que prega e preza a palavra.
Não uma igreja de eventos ou tipo clube social. Não uma igreja dividida, cheia de dúvida, de inveja, que enterra os verdadeiros talentos e faz sobressair as demonstrações de todo tipo. Não uma igreja que faz escolhas com parcialidade e pende para determinado tipo de pessoa ou família influente.
É possível ter igreja de Jesus Cristo, a qual Cristo é o cabeça. E é possível ter igreja de homens entretendo homens e voltada para a realização dos sonhos dos homens. É possível ter uma igreja missionária, voluntária, ativa e construtiva, como é possível ter vários outros tipos de igrejas voltadas para os mais variados fins. É possível ter igrejas espirituais e igrejas sociais. Tudo é possível ao que crê.
Quando o líder da igreja crê que a igreja deve ser de tal modo, então ele conduz e constrói a igreja daquele modo, a seu modo. E trabalha para convencer e engajar os outros naquele modo. Tomas decisões voltadas a valorizar sempre o seu modo. E assim há igrejas de Jesus Cristo como há igrejas de homens. Assim há igrejas edificadas sobre a Rocha e há igrejas edificadas sobre a areia, sobre a lama, sobre o vento, sobre a terra, sobre a calçada da fama, sobre qualquer lugar.
A igreja edificada sobre a Rocha sempre é o alvo das reuniões e investidas do inferno. Porém as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Essa é a certeza, essas são palavra de Jesus Cristo sobre a sua igreja e para a sua igreja. 

domingo, 11 de dezembro de 2016

A terceirização da igreja



A terceirização da igreja

            Nos últimos tempos generalizou-se a onda da terceirização. Empresas que detinham corpo de funcionários em várias funções, optaram por terceirizar diversos setores de suas operações. O objetivo imediato é se livrar de encargos trabalhistas e enxugar o sistema, podendo concentrar-se mais nas atividades ligadas ao foco principal da empresa.
Por outro lado isso deu lugar à criação de outras empresas para operar nas alas terceirizadas. Empresas que por estarem concentradas em poucas operações podem mais facilmente se especializarem e atenderem uma variedade de clientes, no caso outras empresas que terceirizaram alguns de seus setores. A terceirização simplesmente repassa serviço, pagando por isso, e colocando a responsabilidade do setor nas mãos do contratado terceirizado.
No entanto a empresa que terceiriza seus serviços, que antes investia na formação de pessoal, agora pára totalmente esse investimento, ou seja, essa empresa geralmente com uma estrutura física e financeira capaz de investir na formação de novos talentos e qualificar muitos, simplesmente abandona essa tarefa, pois na sua visão terceirizada só pretende receber o serviço realizado. Não forma mais profissionais em várias áreas, não investe mais como antes na formação de pessoal. Para ela o objetivo é encontrar um terceiro que lhe faça o serviço desejado por um certo valor financeiro combinado.
Agora, essa onda de terceirização está tomando conta também das igrejas. Algumas igrejas estão terceirizando seus ministérios e contratando gente profissional tão somente para executar o serviço ministerial remunerado, sem que haja qualquer outro vínculo. O pregador é terceirizado, a banda de música, o líder de jovens, a companhia de teatro. Pode até ser uma tentativa de oferecer um serviço melhor, um serviço de qualidade. Pode até ser uma tentativa de levantar a igreja, mas como nas empresas, isso também tem um lado negativo, onde descarta totalmente a possibilidade de descobrir novos talentos, de levantar pessoas no ministério. Afinal de contas, tem-se preferido pagar para um terceiro executar o serviço de forma profissional, do que investir na formação de pessoas e correr o risco divino de dar oportunidade às talentosas ovelhas do próprio rebanho.
Assim terceiros profissionais se profissionalizam cada vez mais em seus serviços, ocupando-se praticamente todos os dias da semana e transformando o que deveria ser um ministério de chamado e de todo o coração apenas num serviço prestado por conta da remuneração, e ainda sem qualquer vínculo com aquela comunidade em questão.
Há muitos talentos relegados ao esquecimento. Há muitos talentos há espera de um incentivo, à espera de uma oportunidade para fluir maravilhosamente. Mas há cada vez menos espaço, cada vez menos oportunidades, cada vez menos incentivo e apoio para alguém se desenvolver. Líderes tem preferido se eximir da responsabilidade de treinar e enviar, pastores tem preferido contratar terceiros para fazer a obra de forma profissional do que investir e oportunizar pessoas talentosas do seu próprio pessoal.
Tem se preferido desacreditar o potencial que Deus coloca diante dos olhos em prol de um profissionalismo terceirizado que supostamente traz mais resultados. Igrejas tem se comportado como empresas onde se busca o resultado numérico e o profissionalismo para atrair clientes. Onde se contrata o terceiro para executar o serviço ministerial que seja do agrado das pessoas influentes na igreja.
A terceirização da igreja garante o serviço prestado de forma profissional, no entanto é um serviço pago, um serviço contratado a dinheiro, onde tira de cena a oportunidade de muitos que o fariam por amor e compromisso com Deus.

A rejeição de Saul e a decadência do Profeta Samuel



A rejeição de Saul e a decadência do Profeta Samuel

            Saul foi constituído rei de Israel, no entanto o profeta Samuel continuava sendo a autoridade sacerdotal e responsável pelo andamento das coisas de Deus, sobretudo pelos cerimoniais religiosos que eram muito apreciados pelo povo, como festas públicas. Saul era político, Samuel, homem de Deus. Ambos tinham se encontrado por força das circunstâncias em uma espécie de aliança quanto ao governo do povo de Deus. Saul cuidava do lado político e do exército, Samuel dos rituais religiosos. No entanto, isso se tornou uma armadilha para Samuel, uma simbiose altamente perigosa. A aliança da política com a religião revelou ser um desastre.
            A função cerimonial de Samuel foi atropelada por Saul, sua imparcialidade ficou comprometida. Samuel acabou por subjugar-se e condescender com a autoridade política.
            Em 1 Samuel capítulo 15 relata que Saul desobedeceu as ordens do Senhor. E Samuel foi convocado para repreendê-lo. A princípio Samuel com muita coragem repreendeu o rei Saul, mas logo caiu em sua conversa lisonjeira.
            1 Samuel 15: 22-23. 22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. 23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
            1 Samuel 15: 24-25. 24 Então, disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. 25 Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o Senhor.
            Samuel ainda tenta persuadir Saul e manter-se a si mesmo no propósito de Deus.
            1 Samuel 15: 26-29. 26 Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do Senhor, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel. 27 Virando-se Samuel para se ir, Saul o segurou pela orla do manto, e este se rasgou. 28 Então, Samuel lhe disse: O Senhor rasgou, hoje, de ti o reino de Israel e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu. 29 Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa.
            1 Samuel 15: 30-31. 30 Então, disse Saul: Pequei; honra-me, porém, agora, diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor, teu Deus. 31 Então, Samuel seguiu a Saul, e este adorou o Senhor.

            Saul foi rejeitado por conta de sua desobediência. Não era digno do cargo e da função que recebera. No entanto o mais triste dessa história é a decadência do profeta Samuel, que se comprometeu demasiadamente com o homem, com a política, com as honras e insígneas públicas em detrimento do chamado de Deus em sua vida. Samuel sabendo que Saul tinha sido rejeitado, que o seu reino havia sido decretado o fim, e mesmo sendo portador dessa menagem, ainda seguiu Saul numa cerimônia pública de aparência.

            Saul e Samuel continuam vivos ainda hoje, e aparecem juntos sobretudo em anos políticos como esse. Samuel pensa que é um bom partido apoiar Saul, faz de tudo para isso, inclusive comprete o seu chamado, dissimula, sufoca a repreensão do Senhor, e segue Saul em suas aparições públicas. Saul tem boa aparência, um bom nome, apresenta-se como um escolhido embora já tenha sido rejeitado.
            Samuel está ali preso na sua aliança, tem o conhecimento da verdade, sabe para o que foi chamado, no entanto se deixa enrredar pelas honras humanas, opta por manter a aparência do que é falso, por fazer pose diante dos homens.
            A que ponto de dissimulação e comprometimento com a corrupção desceu o profeta, passou a temer o poder político daquele que Ele mesmo ajudou a estabelecer e devia ser tutor e conselheiro, no entanto foi totalmente engolido no vórtice voraz do desviado Saul.
            Esse perigo continua hoje pairando sobre todo servo de Deus que dá proeminência às alianças políticas em detrimento à sua aliança com Deus. Para ter vantagens no mundo, para obter vantagens materiais e sociais para a igreja, para ingressar a si mesmo na sociedade estilizada e fazer seu nome e sua carreira relegam a  segundo e terceiro plano o Nome do Senhor e Sua justiça.

1 Samuel 15: 34-35. 34 Então, Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua casa, a Gibeá de Saul. 35 Nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte;
Samuel viveu exilado, sob a vigilância de Saul, com suas atitudes colocou o ministério profético a mercê do poder político, e a nação ao invés de ter em primeiro lugar uma voz profética, teve o governo de um louco e desviado dos caminhos do senhor.
 Quando foi chamado por Deus novamente para ungir David, Samuel teve medo de Saul, e teve que arrumar uma boa desculpa a fim de ir na casa de Jessé.
Samuel havia se desligado de Saul, porém se encontrava cerceado pelo seu poder. Samuel havia se desligado de Saul, porém não antes de ter participado no ato insano de honrar e levantar publicamente a imagem de um político que usava falsamente o nome de Deus para se apresentar publicamente.


A galinha dos ovos de ouro



A galinha dos ovos de ouro

         Em uma determinada localidade havia um homem, que por conta de uma dessas reviravoltas da vida, acabou se tornando o gerente de um grande galinheiro. E ele lidava com aquilo como podia. Tomava decisões conforme o seu próprio código de ética e conduta. Ora acertava, ora errava. Enfim, às vezes tudo ia bem, e às vezes tudo ia muito mal.
Ainda assim, naquele galinheiro havia várias galinhas produtivas, promissoras. Todas botavam ovos brancos, ovos normais, ovos dos quais nasciam pintinhos e o galinheiro apesar de todos os problemas que enfrentava continuava seguindo avante.
         É verdade que uma boa porção das aves não se davam umas com as outras. Que muitos projetos não vingavam por conta de rixas internas e pessoais. É verdade que aquele gerente procurou um meio de sanar as diferenças, mas não descobriu nenhum, por mais que se esforçasse para pensar em alguma solução, todavia não encontrou nenhuma.
Por conta de algumas circunstâncias não pôde colocar em prática a disciplina que era necessária. Então aquele galinheiro se mantinha no seu próprio status, sem alcançar contudo, todo o seu potencial.
         O tempo passou, alguns anos ficaram para trás, e um dia aquele gerente encontra algo que lhe enche os olhos. Uma galinha toda especial que botava ovos de ouro. Que maravilha, ele pensou, agora tenho tudo o que preciso! Comprou aquela galinha, investiu pesado nela, cercou aquela galinha dos ovos de ouros com muitos benefícios, muitas facilidades, muitas vantagens, para que ela tivesse todos os meios necessários para produzir os tão esperados ovos de ouro.  
Para ela, abriu a sua mão, proporcionou a melhor ração, todo o apoio, deu total liberdade, e assim passou a colher os maravilhosos ovos de ouro. Toda a sua atenção era voltada para a galinha dos ovos de ouro. Enquanto as outras galinhas que durante vários anos serviram naquele galinheiro foram relegadas ao esquecimento. Muitas foram vendidas, outras descartadas, colocadas de lado, e outras simplesmente debandaram, foram embora decepcionadas com o novo tipo de administração.
Em pouco tempo toda a casa sede da fazenda estava repleta de ovos de ouro, tudo muito lindo, ornamentado, uma beleza.
         Mas um dia, assim de repente, o dono daquele galinheiro chegou, viu tudo aquilo, balançou a cabeça em ação de censura e observou que ali não havia vida, novos pintinhos não estavam sendo gerados, tudo estava lindo por fora, mas morto, sem vida por dentro. Para ele o ouro valia nada, o esplendor, a estética valia nada. Para ele a galinha de ovos de ouro e seus frutos espetaculares aos olhos dos homens não passava de atrativo e obra morta.
         Suas galinhas simples, talentosas, promissoras estavam ao acaso, sem atenção, sem cuidado, sem oportunidade naquele galinheiro.
Para o dono de tudo o que importa são vidas, não resultados estéticos e numéricos. O que importa são vidas atingindo o seu potencial e colocando em prática o que Ele mesmo lhes designou. Ele se importa com cada um individualmente. E vai acertar contas com todos os administradores.
“Tome muito cuidado com a sua galinha dos ovos de ouro. Tome cuidado com seus planos, com seus propósitos, tome cuidado com suas verdadeiras intenções. A mente humana é traiçoeira e engana-se a si mesma”. Tome muito cuidado com as supostas confirmações que se pensa ser de Deus. Tome cuidado com todos os sinais externos. Tome cuidado com decisões abruptas, estúpidas, que não levam em conta a pessoa humana dos liderados. Tome cuidado com a autoridade que arroga-se a si mesmo para que não se transforme em autoritarismo e abuso de autoridade.
Tome cuidado com os planos que soam como milagrosos. E tome mais cuidado ainda ao depositar a esperança, a confiança, e a solução de tudo na pessoa de um ser humano.
Tome muito cuidado com a galinha dos ovos de ouro.

A parábola do aquário roubado



A parábola do aquário roubado

           
            Um dia um homem sábio foi até uma cidade vizinha e ali em um determinado lugar, construiu um aquário. Ele tinha o propósito de colocar naquele aquário muitos peixes. Peixes que precisavam ser cuidados, alimentados, peixes que precisavam ter suas existências mudadas. Peixes que precisavam ser salvos da selvagem correnteza do mundo. E assim foi.
Passado algum tempo, aquele homem sábio resolveu colocar alguém para cuidar daquele aquário. Todos os seus amigos disseram, não, esse alguém não, olha o histórico dela. Esse alguém não é ninguém. Mais cedo ou mais tarde esse alguém vai aprontar alguma. Aquele homem sábio conhecia bem tudo isso mas resolveu dar uma fantástica  oportunidade para aquele alguém que foi ninguém e o colocou como o cuidador daquele aquário que tanto estimava.
O cuidador do aquário começou fazendo um ótimo trabalho. Fez melhorias, prosperou, até mudou o aquário de lugar, porém um certo dia desferiu o  seu golpe fatal. De uma forma sutil e repentina tomou para si aquele aquário. Passou para o seu próprio nome. Em outras palavras roubou o aquário, porque aquele aquário não lhe pertencia, fora apenas lhe confiado a chefia.
E o homem sábio vendo aquilo, ficou muito triste, porém se recusou a entrar na justiça para reaver o que era seu de direito, se recusou a lançar mão de um processo judicial, e escolheu esperar em Deus. Simplesmente esperou o tempo certo, o tempo que chamamos de o tempo de Deus.
Enquanto isso, o possuidor do aquário roubado, achava-se no topo do seu sucesso. Lançava mão de todas as artimanhas para manter debaixo de seus pés aquele pequeno reino. Pensava ele que tudo ia ficar assim para sempre. Achava-se intocável.
Mas o tempo do seu juízo chegou. O tempo de devolver o que foi levado, aprisionado e subjugado sob sua pretensa maneira de viver.

O homem sábio voltou e começou a reconstruir seu antigo aquário, exatamente no mesmo local de antes. Com águas limpas, com transparência. Com um cuidador segundo o coração de Deus e não conforme o propósito do homem. Então, o inevitável começou a acontecer... os peixes começaram, um por um, a saltar do aquário roubado para o novo aquário do homem sábio. O aquário restaurado pelo propósito de Deus.
Enquanto isso, lá no aquário roubado começaram a dizer: “Vejam, lá em cima tem um aquário” e estão pescando aqui no nosso aquário majestoso. Sabe, aqueles peixinhos inocentes continuam sendo enganados, continuam pensando da forma que são mandados pensar. Ah, se soubessem a verdade. Então saberiam que o que está acontecendo não é uma pesca no aquário alheio, mas simplesmente peixes valorosos sendo libertos e voltando literalmente pra casa. Pensam que estão num aquário excelente, pensam que estão sendo alimentados com a verdade, mas estão aprisionados por várias intenções do coração do homem.
Deveriam saber, eles precisam saber que o que está acontecendo é a restituição à verdade, é a restituição do aquário roubado ao seu verdadeiro dono que é Deus. Muitos estão se indignando por alguns peixes que no pensamento deles estão sendo pescados de seu aquário, e não percebem nem são tomados por indignação alguma, quando eles mesmos constituem um aquário roubado e dominado.