Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor.
Salmos 2:11.
Um homem tinha no seu quintal um pé de mamão. O quintal era limpo, capinado, varrido, e aquele mamoeiro recebia os devidos cuidados, era perfeitamente regado e o que se esperava dele? Simplesmente que fosse verdejante, que expressasse beleza e que produzisse frutos. Mas num certo dia, aquele homem sentado na cozinha de sua casa, notou que aquele pé de mamão tinha apenas três frutos e parecia estar morrendo, pois estava murcho e um pouco amarelado.
E diante deste vislumbre ele pensou - 'quantos são como este mamoeiro, que estão em um local limpo, que são bem cuidados e não tem alegria de viver'.
E olhando mais adiante num terreno baldio, cheio de entulho, de mato e de lixo viu um outro mamoeiro, que não tinha dono, que não tinha quem cuidasse dele, mas este estava bem verdinho, bem vivo e cheio de frutos. Que contraste era aquele! Que vislumbre revelador das verdades da vida, ele pensou - 'quantos estão nos piores lugares, levando uma vida cheia de dificuldades, demonstram força, vontade de viver e tem alegria’.
Essa história mexeu comigo, sobretudo quanto à temática da alegria. Pois é verdade o que também vejo, que as pessoas que tem tudo parecem ser as mais tristes e infrutíferas. Eu tenho tudo, eu tenho o Senhor, sou um mamoeiro bem cuidado e plantado no jardim do Rei, e quantas vezes me vejo murcho, amarelo e quase morrendo, e os frutos que eu deveria ter... Onde estão os meus frutos?
É claro que a alegria dos que estão no mundo é falsa, é passageira. É quase sempre baseada na farra, no deleite, no viver tudo de toda e qualquer forma.
Se me comparo a eles no quesito alegrar-se, fico em grande desvantagem sentimental. Se considero frutos, o que os olhos humanos podem ver e gostam de apreciar também fico muito aquém. Não, a minha alegria não é expressão exterior reflexo de uma também influência exterior. A minha Alegria é o Senhor. Ainda que minhas folhas murchem, ainda que abatido ou amarelo fico, ainda que pareço estar morrendo, todavia estou vivo para sempre por meio de Cristo que me deu a vida.
Sabe, é preciso resolver de vez a temática da alegria. A reflexão daquele homem quanto aos mamoeiros, não leva em conta o futuro que está reservado para ambos. O que está no quintal do seu dono jamais será maltratado, jamais será cortado, a não ser que não queira produzir mais. Mas aquele do terreno baldio, corre o risco de ser queimado, caso ponham fogo no entulho, corre o risco de ser completamente aniquilado caso alguém resolva fazer limpeza do terreno. Que risco tão grande é ter a alegria do mundo.
Mas então por que não me alegro de forma extravagante no Senhor? Por que não me regozijo? Por que não faço festa? Por que não me esbaldo, por que não transbordo de alegria no Senhor, como tantos fazem com a alegria do mundo?
A minha alegria não é bebedice, não é zombaria, não é piada sacana, nem comentários e risos com conotação sexual. A minha alegria é responsável. É temerosa. A minha alegria está dentro de mim. A minha alegria é o Senhor. Eu a minha alegria pode se refletir em sorrisos, em abraços, em conversas, em cantos, em danças. Mas verdadeiramente o que a minha alegria precisa, é ser o carisma de viver e demonstrar na expressão geral do meu viver que Jesus Cristo vive em mim e que Ele é o motivo da minha alegria.
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