A que primeiro sou chamado?
Ser adorador, ou ministrador?
Como dispor devidamente o tempo?
Como relacionar o tempo necessário a
executar, de forma eficiente esses dois ofícios, sem negligenciar nenhum em
detrimento do outro?
Para muitos o ministério; o afã de
ajudar outros, a obra tão excelente não passa de uma válvula de escape, um
esconderijo de si mesmo, uma fuga de suas razões e realidades que incomodam. Qualquer
coisa tola sob a alcunha de estar fazendo a obra de Deus.
Será mesmo
o caso de alguém ter sido chamado para tentar levar todo o mundo em suas
costas? Fazendo, realizando, operando... hipoteticamente se enchendo de
merecidos galardões?
Há milhares
de ministros operando na força de sua própria determinação. Operando maravilhas
“Por que Deus amou os perdidos” e faz assim ‘por amor a eles’. Ou quem sabe, se
fosse possível ler seus corações: encontraríamos uma outra razão, muito, muito
menos louvável.
Mas qual a medida do equilíbrio?
O serviço não pode suprir ou servir de
adoração a Deus.
E é lógico que a fé sem obras é morta.
Mas a adoração não consiste apenas em
música, gestos, expressões e palavras.
As atitudes concretas devem segui-las
passo a passo.
Deus
procura verdadeiros adorares, que O adorem. Que praticam o ofício da adoração. Que
estão na ativa e não simplesmente que levam o nome de adoradores. Que praticam
um devocional de qualidade no seu quarto, que ofertam a Deus o seu melhor tempo,
as horas em que está descansado, despreocupado e livre.
Ministros
devem ministrar ao Senhor, e somente a Ele antes de ministrar para o povo Dele.
Ministremos ao Senhor com música e canção, com palavras de adoração, numa
oração que nesse momento de adoração, não seja clamor, não seja palavras de um
pedinte, não seja petição, mas seja profunda devoção, ação de graças, louvor,
entrega, contemplação.
Adoremos no esconderijo quando ninguém
nos vê, a não ser o Pai que vê em secreto. Adoremos quando ninguém nos ouve,
quando ninguém nos vê, a não ser Ele, o Senhor Todo Poderoso. Aquele que ouve
as batidas e sussurros do nosso coração. Aquele que vê o menor aceno, o mais
simples gesto.
Que dilema, pois! Que dilema do ser
humano!
Que dilema de um coração que bate por
almas.
Mas esse coração também deve bater pela
pessoa magnífica de Jesus.
E não deve deixar de bater primeiro por
Ele.
Porque Dele e por Ele e para Ele são
todas as coisas.
Jamais deveria alguém amar mais o seu
ministério do que o Senhor.
Jamais deveria amar mais a obra do que O
Criador.
O ministério é um instrumento, um
serviço especial, uma ocupação abençoada.
Porém, por mais importante que seja, por
mais abençoado que seja, não pode ocupar todo o tempo, o tempo da devoção e
adoração.
Quantos
apenas mostram a si mesmos; constroem suas carreiras gospel; crescem
ministerialmente, mas espiritualmente são pobres. Quantos tem prazer em sua
alma em ser o rei de um pequeno rebanho. Em construir o seu reinado seja grande
ou pequeno, importando somente que seja um rei. Por que se não tomar cuidado, o
ministro desconsidera, desclassifica e deixa Jesus Cristo de lado, em prol do
seu afazer em seu ministério. Então Jesus Cristo passa a ser uma mera
referência, uma alusão que se faz para iludir a si mesmo e aos outros de que se
está firmado Nele quando na verdade está firmado em si mesmo e em suas próprias
convicções.
Descubremos e descortinemos a verdade, a
prioridade da submissão a Cristo através do exercício contínuo da adoração. E somente
depois de completamente depositados aos pés de Jesus, ousemos nos levantar no
poder Dele em direção ao mundo e lhes declarar algo realmente de valor. Tendo a
certeza de que vamos realmente ser usados por Ele – Jesus – e não pelos
elementos manipuláveis do nosso amado, acariciado e muitas vezes idolatrado
ministério.
Jesus – Eu quero Te adorar primeiro! Te
servir na obra em outro lugar.
Jesus – Eu quero a Tua presença. E que a
Tua presença transborde em mim.
Que o Teu Espírito me leve a trabalhar.
E quando for hora de descansar, quero
descansar em Ti,
Com todo o sossego que o Teu próprio
Espírito em mim ministrar.
Não quero construir um império e de
certa forma me opor ao Teu reino.
Não quero ser um servo totalmente em serviço,
se isso tirar de mim o privilégio de estar sem Teus braços por longos momentos.
Não posso ser apenas servo e me esquecer
de ser Teu filho.
Não quero somente trabalhar e não ter
tempo de saltar em Teu pescoço.
E nunca acariciar Teu rosto, passando os
dedos nos Teus cabelos.
Porque como filho amado quero acordar de
manhã;
Fazer o serviço do dia como o servo mais
excelente.
Mas à tarde, correr de volta para Ti
para terminar o meu dia como Filho.
Não como escravo acabado e sem forças
que acha que por muito fazer vai ser muito amado.
http://osvaldoalves.blogspot.com/
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