domingo, 16 de setembro de 2018

Apocalipse 2: 1-7. Carta à igreja em Éfeso.


Apocalipse 2: 1-7 Carta à igreja em Éfeso.

As cartas específicas às igrejas, tratam dos problemas vividos ou encontrados dentro dessas igrejas.

Apocalipse 2: 1. Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: ‘Assim declara Aquele que tem as sete estrelas na mão direita e anda no meio dos sete candelabros de ouro:

Anjo = mensageiro – aquele que traz a mensagem.
Jesus tem as estrelas em suas mãos e está no centro das sete igrejas. Os mensageiros precisam ser como estrelas que brilham nas mãos de Jesus. O mensageiro tem que ter fogo e luz, assim como a igreja, um fogo que não se apaga, ser luzeiros de Deus. Mateus 5: 14-16. Os líderes, pastores ou mensageiros precisam ser pessoas estelares, luzes que brilham debaixo da mão de Jesus.
As igrejas precisam ter fogo e o Espírito de Deus em suas sete chamas, na Sua totalidade, para o governo perfeito. Jesus precisa ser conhecido e reconhecido no meio das igrejas. A igreja tem que ser de Cristo em todos os sentidos.

Recebemos uma carta com conteúdo muito importante. Quando Deus olha para nós, Deus vê que existe muita coisa para tratar. Jesus faz uma radiografia e expõe o que vê na igreja. Ao refletir nisso o Espírito Santo nos leva a ver qual a nossa real situação. Começa a radiografia – a exposição do que Ele viu.

Apocalipse 2: 2. Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos;

Conheço as tuas obras – nós conhecemos em parte – Jesus conhece profundamente, Jesus conhece as intenções do coração a dimensão realmente alcançada. Jesus sabe exatamente com o que e até que ponto estamos comprometidos. Jesus conhece a obra – qual o projeto, qual o ministério – e conhece o modo que estamos trabalhando e nos empenhando nessa obra.

Tens perseverança – A perseverança diante das adversidades. Capacidade e convicção para suportar provas – os tempos de prova – luta sobre luta – não desanimar – os tempos de deserto. Você foi esquecido, não vê sentido em nada, nada de novo ou especial acontece, a eterna mesmice.

A vigilância e o cuidado com pregadores de fora – não dar crédito à pessoa que você não conhece.
O que a pessoa prega é condizente com a Escritura? Ou leu o texto – deixou o texto e o púlpito – e foi falando uma porção de coisas aleatoriamente. Sua conduta é correta? Sua profecia e revelação é verdadeira? Edifica? Ou só fala que Deus vai fazer isso ou aquilo. A vitória é hoje. Fizeram macumba pra você. Tem gente com inveja...
Atos 17: 11 e 17: 13. Crentes bereanos.
Um dos grandes perigos nas igrejas é a infiltração de pessoas que não são verdadeiras, que se colocam como profetas ou pregadores, e trazem fogo estranho.

Apocalipse 2: 3. E tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.

Tens perseverança. Suportas provas. Não te deixaste esmorecer. Essas coisas Jesus elogia.

Apocalipse 2: 4. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.

É possível fazer grandes obras de forma técnica, trabalhar árduo, ter santidade, separação, consagração – sem amor e sem devoção. Uma paixão por Jesus que é maior que tudo. O primeiro amor é desafiador. O primeiro amor acredita que tudo vai mudar. Você não mede esforço.
O tempo passa e o ‘primeiro amor’ diminui. Perder o primeiro amor é como a esposa que não trai, mas também não expressa amor. O seu pensamento está ocupado em ser fiel, em fazer todas as tarefas da casa, em fazer obras, mas não devota amor. Abandonar o primeiro amor é algo gravíssimo.

Apocalipse 2: 5. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.
Lembra-te de onde caíste – Procura refletir quando ou o que fechou o seu coração, e você se tornou como um robô, programado para fazer coisas. Jesus aponta para um momento, um episódio, um tempo em que a pessoa se esfriou. O ministerial e o devocional. Nós somos servos e também somos filhos. O servo se esforça fazendo serviço – o filho dorme no colo do Pai. As primeiras obras são as obras de filho, a expressão de amor de filho.

Lembra, arrepende e volta a praticar as primeiras obras – o filho pródigo se arrependeu quando lembrou da casa do Pai. Arrepender é justamente dar meia volta e voltar, voltar a praticar as obras do primeiro amor. Voltar a ser como uma pessoa nova convertida. “Se em uma igreja não entra pessoas novas que vivem o primeiro amor, a igreja morre, fica sem fogo. Nós temos uma troca, quem está a mais tempo na igreja traz conhecimento, ensino, etc. e em troca é contagiado pelo primeiro amor.

Apocalipse 2: 6. Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, às quais eu também odeio.
Nicolaítas = dominadores do povo. Os nicolaítas eram simplesmente aquelas pessoas que seguiam e divulgavam os ensinamentos dos falsos apóstolos e falsos profetas. Além disso, o nome grego Nikolaos significa “ele conquista pessoas”. Esse nome pode ter sido aplicado no Apocalipse como um tipo de alegoria helenizada para se referir exatamente a pratica de Balaão como corruptor de Israel. É por isto que os nicolaítas aparecem na literatura cristã da época dos pais da Igreja como sendo pessoas amantes do prazer, caluniadoras, corruptoras de sua própria carne e que viviam uma vida devassa. Assim, certamente os nicolaítas eram pessoas comprometidas com o mundo pecaminoso. Eles participavam e incentivavam outras pessoas a se entregarem às festas, rituais, práticas e banquetes imorais e idolatras dos pagãos.
Nicolaítas – o que importa é crer, acreditar, não importa as práticas do corpo.  Nicolaísmo é um sistema de controle da fé do povo, através desse tipo de doutrina.
Aqui vale considerar um detalhe importante relacionado ao contexto histórico. Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, deixar de comer alimentos sacrificados a ídolos e recusar-se a frequentar as festas do paganismo, implicava praticamente no isolamento social e econômico. A vida daquela sociedade girava em torno dessas festas, e o comércio tinha como patronos as deidades cultuadas nelas.
Apocalipse 2: 7. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.

Quem tem ouvidos, ouça – Reflita, a decisão é sua.
O Espírito diz às igrejas. A carta foi específica para a igreja de Éfeso, no entanto é para todas.
Comer da árvore da vida – que está no paraíso de Deus. Voltar a ter a vida e o amor que perdeu.

Bibliografia
Bíblia Sagrada – Várias versões
Neemias Carvalho Miranda – Apocalipse Comentário Versículo por versículo
Adolf Pohl - Comentário esperança
Hernandes Dias Lopes – Apocalipse – Comentário expositivo Hagnos
Warren W. Wiersbe - Comentário Bíblico expositivo
David Stern - Comentário Judaico
Michel Wilcock - A mensagem do Apocalipse
F. Davidson – O novo comentário da Bíblia
Willian Hendriksen – Mais que vencedores
Lawrence O. Richards - Comentário Histórico cultural

Nenhum comentário: