sábado, 6 de outubro de 2018

Apocalipse 2: 12-17. Pérgamo.


Apocalipse 2: 12-17. Pérgamo.
Cidade de Pérgamo tinha uma biblioteca de 400.000 livros e já rivalizava com a biblioteca de Alexandria no Egito – esta então boicotou a venda de papiro (papel), então na cidade de Pérgamo desenvolveu-se o ‘pergaminho’, escrita em pele de animais, onde escreveu-se o novo testamento e assim teve uma melhor preservação. Em contrapartida, Pérgamo convidou o bibliotecário de Alexandria para trabalhar em Pérgamo.

Apocalipse 2: 12. Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois gumes: 

Uma palavra de julgamento. As pessoas dizem – estão me julgando, estão me condenando. Mateus 7: 1-2.
João 7: 24. Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.

O julgamento é um tribunal devidamente composto, onde são apresentados os fatos. Apresentar fatos e considera-los é algo legítimo. O Juiz julga, decide em Sua reta justiça.

Apocalipse 2: 13. Conheço o lugar em que vives, onde se encontra o trono de Satanás. Apesar disso, permaneces fiel ao meu Nome e não renunciaste à tua fé em mim, nem mesmo quando Antipas, minha leal testemunha, foi morto nessa cidade, onde Satanás habita.

Conheço o lugar em que habitas – nesse contexto histórico – Pérgamo era uma cidade de muitos templos dedicados aos deuses, o grande altar de zeus – o maior de todos os deuses, havia sacrifícios todos os dias.
o templo do imperador;
O templo do esculápio (o deus serpente da cura). Esculápio era o deus da medicina – usava encantamentos e drogas. Regenerava as pessoas física e espiritualmente. Era o berço da medicina, pessoas do mundo todo iam para lá, procurando serem curadas.

Uma trindade de deuses – o trono de satanás era na atmosfera da cidade. A espada era símbolo de Roma – a espada de dois gumes opera justiça e juízo.

Conservas o meu nome – uma igreja de corajosos lutadores, foram e se instalaram bem no meio daquele território. Havia grande e constante batalha espiritual nessa igreja por conta da situação reinante na cidade – o território era espiritualmente perturbado.

Mártires – Antipas foi colocado dentro de um boi de bronze e este levado ao fogo – foi assado vivo.
O versículo 13 marca o primeiro tempo dessa igreja, nesse primeiro período resistia e lutava com todas as forças, não temia nada, nem mesmo a morte.

Apocalipse 2: 14. Tenho, contudo, contra ti algumas admoestações, porquanto tens contigo os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os filhos de Israel, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a se entregarem à prática da prostituição.

A infiltração de falsas doutrinas é mais perigosa do que o confronto direto, é um inimigo sutil.
Números 25: 1-2. Números 31: 16. Nuúmeros 22 – 24.
Balaão é uma pessoa estranha – um profeta que é contratado para amaldiçoar o povo de Israel, mas se sente obrigado a abençoar. Vive um dilema com Deus. Tempos mais tarde ela arruma uma artimanha, e isso é chamado de doutrina ou ensinamento. Ensina os povos pagão a convidar o povo de Israel pra suas festas que eram consagradas aos ídolos ou deuses. Venham, vamos fazer uma fogueira, é coisa de família, sabe. Esse conselho de balaão é o conselho de satanás – ‘não tem nada de mais a gente ir na festa, queimar incenso pra cézar, Deus vê o coração, só vamos parecer populares, escapar da espada de roma. (De que adianta escapar da espada de roma e ser pego pela espada de dois gumes em juízo). A doutrina de balaão é o liberalismo – tudo pode, não há lei, estamos no tempo da graça.

Apocalipse 2: 15. Além disso, tens também alguns que, semelhantemente, seguem a doutrina dos nicolaítas.

Nicolaítas – o que importa é crer, acreditar, não importa as práticas do corpo.  Nicolaísmo é um sistema de controle da fé do povo, através desse tipo de doutrina. Havia pessoas sustentando, apoiando, divulgando e vivendo os ensinos dos nicolaítas. É necessário denunciar as doutrinas falsas.

Apocalipse 2: 16. Diante do exposto, arrepende-te! Caso contrário, logo virei contra ti e contra eles pelejarei com a espada da minha boca’.

Arrependimento – mudança de mente seguida de mudança de atitude. O pelejar com a espada da boca – expor as inverdades pela palavra de Deus.
Arrepende-te senão venho a ti sem demora.

Apocalipse 2: 17. Quem tem ouvidos, compreenda o que o Espírito revela às igrejas: ‘Ao vencedor proporcionarei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedra branca, e sobre essa pedra branca estará grafado um novo nome, o qual ninguém conhece, a não ser aquele que o recebe’.

O maná escondido – para os judeus, o vaso com maná que ficava dentro da arca (Êxodo 16: 33-34), (Hebreus 9: 2-4), havia sido escondido no monte Sinai, por Jeremias – ou por um anjo -, a expectativa era que o Messias (Jesus) recuperasse esse maná escondido, cujo vaso seria uma fonte inesgotável de maná. O maná que vem do céu. João 6: 32-35.

A pedra branca – era usada como ingresso, era uma pedra relativamente mole, podia ser facilmente moldada e esculpida um nome por exemplo. Também usada nos tribunais; os juízes (jurados) colocavam uma pedra branca no vaso ao votarem pela absolvição do acusado. Em alguns casos, com a pedra branca era declarado justo e convidado a participar de um banquete.
Em competições olímpicas, o vencedor recebia como prêmio uma pedra branca o que lhe dava direito de participar de todas as festividades naquela época ou ano.
Em contraste, pedra preta significava o veredito de culpado.

O novo nome inscrito na pedra branca – Você foi julgado e declarado justo. Você lutou nessa vida e saiu vencedor. Você recebeu o ingresso para entrar no céu e participar das festividades das Bodas do Cordeiro.

Bíblia Sagrada – Várias versões
Neemias Carvalho Miranda – Apocalipse Comentário Versículo por versículo
Adolf Pohl - Comentário esperança
Hernandes Dias Lopes – Apocalipse – Comentário expositivo Hagnos
Warren W. Wiersbe - Comentário Bíblico expositivo
David Stern - Comentário Judaico
Michel Wilcock - A mensagem do Apocalipse
F. Davidson – O novo comentário da Bíblia
Willian Hendriksen – Mais que vencedores
Lawrence O. Richards - Comentário Histórico cultural

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