Eclesiastes 3: 1. Há um tempo certo para cada coisa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu:
Para nós o tempo é o passar das horas, dos anos, dos minutos - o passar da vida. Marcamos e contamos o tempo no calendário e no relógio respectivamente.
Sabemos que há o tempo certo de acordar pelo despertador; que há o tempo certo de chegar em determinado lugar com hora marcada.
Mas o tempo certo de empreender um propósito... esse não pode ser determinado apenas pelo relógio ou calendário, antes precisa ater-se a Deus. Porque o tempo oportuno, o tempo propício para um propósito pertence a Deus.
Após observar atentamente "o tempo de Deus", como se fôra a observação do tempo atmosférico é que decidimos o dia e a hora de executar cada propósito que por sua vez deve estar no coração ao invés de tão somente - na mente.
Nossos pequenos propósitos podem ou devem ter o seu tempo subordinado ao tempo de Deus.
Pois o tempo certo para cada propósito é só Deus que conhece e tem controle.
Eclesiastes 3: 2. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.
Há tempo de começar algo e há tempo para pôr um fim. Os começos e términos são os extremos de uma história muitas vezes não conhecida, não contada, onde em sua duração houve tempo para viver uma porção de coisas.
No entanto, chama-nos a atenção o princípio e o fim de cada atividade vital. Há a oportunidade de nascer e de plantar. E haverá um tempo que a morte chegará e o que foi plantado será arrancado.
Há um limite para viver aqui debaixo do sol. No entanto, dentro desse limite existem diversas possibilidades da existência ser um sucesso.
Antes de ser arrancada a planta que foi plantada pode crescer, florescer, frutificar, ser uma bênção.
Antes de morrer o ser humano pode conhecer e se entregar a Deus. Assim, o Fim será um maravilhoso começo.
Eclesiastes 3: 3. tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar;
Tempo de matar - refere-se ao tempo em que há por exemplo uma epidemia ou pandemia na terra. É quando nada consegue combater, a não ser a proteção e o livramento específicos de Deus. Deus deixa acontecer quase sempre por algum propósito que desconhecemos.
Mas o interessante é que após o tempo de matar, chega o tempo de curar. Os remédios são descobertos, o corpo produz 'anticorpos', e a intervenção sobrenatural é evidenciada. O tempo de matar tem o seu limite, depois do qual dará espaço em grande escala ao tempo de curar.
Tempo de derribar - nos fala sobre demolir velhas estruturas, coisas ultrapassadas que apenas ocupa espaço e não servem mais como deveriam. O tempo de derrubar vem logo seguido do tempo de edificar novas coisas em seu lugar. Derrubar não deve ser usado tão somente para limpar a área e deixar o espaço vazio. Deve ter já previamente o propósito bem definido de reedificar em seu lugar, de Recomeçar um projeto novo.
Deve nos chamar a atenção o posicionamento das ações nesse versículo. Tempo de matar e tempo de derribar, respectivamente seguidos de tempo de curar e tempo de edificar. Esses são, definitivamente os nossos alvos - curar e edificar novamente.
Eclesiastes 3: 4. tempo para chorar e tempo para rir; tempo para ficar triste e tempo para dançar de alegria;
O choro e o riso, a tristeza e a alegria são as expressões e sentimentos mais comuns do ser humano. Num mesmo dia é possível alternar entre eles.
É plausível afirmar que existem "momentos de tempo", até contrariando um pouco o contexto que alude para estações ou tempo propício. Mas como trata-se de sentimentos é assim volúvel.
Aprendemos é que sempre existirão esses momentos em os nossos sentimentos se expressarão com uma força maior que a razão e o absoluto controle emocional.
É parte inerente ao ser humano rir e chorar, sentir tristeza e se alegrar. No final dá tudo certo, pois primeiro vem o choro e a tristeza, e depois o riso e a alegria em seu lugar.
"Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria sempre vem pela manhã".
Eclesiastes 3: 5a. tempo para espalhar pedras e tempo para ajuntar pedras;
Espalhar pedras num campo era um ato praticado afim de dificultar a volta do proprietário do terreno após seu período de exílio. Era uma forma de neutralizar determinada área e deixá-la em completo abandono. Era preciso ser alguém muito determinado para ajuntar as pedras novamente.
O tempo de ajuntar pedras era o tempo de preparo de um terreno, geralmente novo (ainda não limpo) para o plantio. Esse terreno cheio de pedras, tornar-se-ia um campo precioso e produtivo. E as pedras ajuntadas ainda serviriam para construir um muro ou uma casa.
Ou seja - existe um tempo na vida em que inevitavelmente sofremos alguma perda, somos prejudicados por alguma coisa, de alguma forma. " Nos exilam do propósito de Deus e espalham pedras em nosso terreno". Recomeçar assim, exige de nós muita determinação, muita força, muita fé, muita oração.
Mas a melhor notícia é que também existe um tempo de conquistar um terreno novo e ajuntar as suas pedras para construir uma estrutura de proteção. Recomeçar dessa forma não deixa de ser um desafio, mas é motivador. Recomeçar assim, não deixa de ser uma tarefa diligente nem uma batalha "quente", mas é algo que inspira e renova as forças e a vontade de vencer. Recomeçar assim, é motivador.
Hoje! Agora. Nesse tempo que se chama hoje - é o tempo de ajuntar pedras. Sejam pedras que espalharam, que atiraram ou pedras permanentes do terreno novo.
"Um campo limpo e produtivo vislumbra-se diante nós - ajuntadores de pedras".
"É tempo de ajuntar pedras"
Eclesiastes 3: 5b. Tempo para abraçar; e tempo para deixar de abraçar.
No oriente quando duas pessoas se encontram é comum os cumprimentos calorosos regados com abraços.
Em nossa cultura ocidental é possível entender ou parafrasear o versículo supra citado como o tempo de recepcionar e manter a convivência e o tempo de dizer adeus.
Tempo de abraçar é a chegada de uma criança . Tempo de afastar de abraçar é quando este já crescido, parte para viver sua vida.
Tempo de abraçar é começar um relacionamento, é o casamento em toda sua duração; tempo de deixar de abraçar é quando a morte os separa.
Quando o tempo de abraçar chega tem que ser aproveitado, valorizado, vivido.
Porque o tempo para deixar de abraçar às vezes surge de repente e traga o tempo de abraçar num lapso de segundo.
Que o tempo de abraçar chegue e permaneça em nossas vidas o maior tempo possível, para que, quando o tempo de deixar de abraçar chegar, a boa lembrança e a certeza de ter vivido na plenitude de Deus continue existindo no coração como fortes abraços, consolo, força e conforto.
E assim a vida "no tempo de deixar de abraçar" continue em frente vencendo os desafios "desse tempo" - afastar de abraçar.
Eclesiastes 3: 6a. tempo de buscar, e tempo de perder;
Tempo de buscar - Procurar diligentemente algo que falta, ou que por algum motivo se perdeu. Colocar nessa tarefa, nesse ato toda a energia e concentração. É o tempo de ir à luta.
Tempo de perder ou dar por perdido - Esse tempo é como se estivesse entre parênteses, ou oculto em outra dimensão. Só deve ser admitido depois de ter muito buscado, muito procurado. Ou então pela direção de Deus, tomar a seguinte decisão: - vou dar de mão, vou deixar pra lá, vou dar por perdido.
É necessário entender esse tempo - abrir mão da busca por encontrar algo - quando isso estiver atrapalhando viver outras coisas da vida, fazendo mal à saúde e impedindo de conquistar outras que estão mais perto, visíveis e valiosas.
O tempo de dar por perdido não é contraditório ao tempo de buscar. Não constitui desistência ou falta de fé. É mais uma questão de sobrevivência, saúde mental e seguir em frente com novas perspectivas.
Também pode ser a forma de Deus mudar nossos planos a fim de abrirmos espaço para a instituição dos planos Dele.
Assim, o tempo de dar algo por perdido pode ser tão valioso e preciso quanto ao tempo de buscar com determinação e afinco.
Não seria tremendamente estratégico dar algo por perdido, (livrando-se imediatamente da angústia) para em seu lugar começar uma nova história e alcançar grandes conquistas?
Pense nisso, e se assim for, não tenha receio do tempo de perder.
Eclesiastes 3 6b. Tempo de guardar e tempo de deitar fora.
Algumas pessoas tem o hábito de guardas coisas (bugigangas e quinquilharias) a vida toda, e quando morrem, seus familiares jogam tudo fora. Essa pessoa viveu o tempo de guardar, mas não percebeu o tempo de jogar fora. Há um caso verdadeiro em que uma pessoa morreu quando o sótão de sua casa desabou sobre ela por estar sobrecarregado de quinquilharias.
Se temos o hábito de guardar coisas, de vez em quando é preciso fazer um limpa, aí descobrimos quanto lixo, quanta coisa inútil e ultrapassada estávamos guardando.
Na vida (sentimental / psicológica / espiritual) também é assim. Guardamos "coisas" da alma por conta de etiqueta social, para não explodir em público, ou até por bom senso e testemunho que na realidade é assim requerido de nós. Na verdade é preciso guardar - mas não pela vida toda, nem por muito tempo.
Vez em quando é preciso ir aos pés da cruz, é preciso ir a Jesus, e diante dele "deitar fora" toda a sobrecarga, todo o fardo pesado e inútil que guardamos e carregamos. Lançando sobre Ele toda a ansiedade, toda a culpa, todo o medo - porque Ele tem cuidado de nós.
O tempo de guardar sentimentos e reações tem que ser imediatamente procedido do tempo de "deitar fora" diante de Jesus.
Faça isso e viverás! E a paz reinará no coração.
Eclesiastes 3: 7a. tempo de rasgar, e tempo de coser.
(coser significa costurar; também traduzido por remendar)
Em várias culturas do mundo antigo e inclusive entre o povo de Deus havia o costume de literalmente rasgar as vestes a partir da gola para baixo, como um sinal externo e uma expressão de indignação, vergonha, dor, luto, humilhação ou arrependimento.
O tempo de rasgar (as vestes) é um tempo surpresa, um lapso de tempo, apenas a reação ao momento do acontecimento trágico. Poderia ser prolongado com o acréscimo de pôr cinzas sobre a cabeça e usar roupas de pano de saco, ou ainda usar dentro da roupa um casaco de cilício (tecido grosseiro), que por ser rústico feria a pele provocando uma espécie de penitência, o que chamavam de humilhar-se.
No entanto, aqui temos o tempo de costurar "o que foi rasgado". O luto deve passar. A dor deve ser sarada. A vergonha deve passar. A humilhação deve ser vencida. A indignação precisa tornar-se atitude de combate. O arrependimento precisa tornar-se uma nova vida.
O que foi rasgado num momento de dor precisa ser costurado pra voltar a ser um manto de valor.
O tempo de rasgar acontece de forma inesperada. O tempo de costurar a gente faz acontecer... ou simplesmente, deixa Deus fazer.
Eclesiastes 3: 7b... tempo de estar calado, e tempo de falar.
"Você tem o direito de ficar calado, pois tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal". Pelo menos nos filmes, essa é a declaração feita por policiais americanos ao prenderem um suspeito.
Aliás é no tribunal que mais se destacam os tempos de estar calado e de falar. Cada um tem o seu tempo de falar. Ou ainda só pode falar ao que for perguntado.
O tempo de estar calado é o tempo de aprender, o tempo de assuntar, de perscrutar o derredor. É o tempo de interiorizar, de refletir, de não reagir tentando defender-se com palavras acaloradas. É o tempo de suportar, de esperar.
Estar calado pode livrar de muitas encrencas. Estar calado evita ser arguido no tribunal divino.
Jesus disse em Mateus 12: 36. – Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, cada pessoa vai prestar contas de toda palavra inútil que falou.
O tempo de falar é a oportunidade de comunicação; de expressar pensamentos, idéias, opiniões. É o tempo de transmitir informação, de ensinar, de ministrar a orientação, de fazer a proclamação da verdade.
2 Timóteo 4: 2. pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência.
O tempo de falar também é o tempo de falar com Deus. É o tempo de orar.
1 Coríntios 14 2. Entretanto, aquele que tem o dom de falar em línguas está falando a Deus, não aos outros, visto que eles não podem compreendê-lo. Ele está falando pelo poder do Espírito, fala em mistérios.
Eclesiastes 3: 8. Tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
"Havia o tempo dos reis saírem à guerra".
1 Crônicas 20: 1a.
Quando chegou a primavera seguinte, no tempo em que os reis costumam partir para suas batalhas...
"Havia a prática de odiar aqueles que rejeitavam a Deus".
Salmos 139: 21.
SENHOR, como não odiar aqueles que te odeiam? Como não abominar os que se levantam contra ti?
O aborrecimento e a guerra eram os meios antigos de lidar com os inimigos. O aborrecimento compreende ainda as imprecações - o ato de declarar e detalhar aspectos da derrota e falência dos inimigos.
Salmos 109: 7. Quando ele for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração! 8. Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício! 9. Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua mulher! 10. Andem errantes os seus filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas.
Mas Jesus trouxe o amor e a paz, dizendo:
Mateus 5: 43-44. Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
O Senhor dos Exércitos também é O Senhor da paz.
2 Tessalonicenses 3: 16. Ora, o próprio Senhor da paz vos dê paz sempre e de toda maneira. O Senhor seja com todos vós.
No tempo que se chama hoje, no tempo da dispensação da graça, vale somente aborrecer o pecado...
Romanos 12: 9. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
E fazer guerra espiritual.
2 Coríntios 10: 4. Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas.
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