terça-feira, 19 de maio de 2020

O Líder que os liderados necessitam


Liderando com sucesso a si mesmo (o próprio Líder)

Liderança é necessário. Mas um líder não pode exercer liderança coagido por alguma força externa, ou circunstância que o cerca, mas tem que estar bem disposto, convicto do seu papel, da sua função o qual não é mandar, dar ordens, e sim influenciar pessoas a alcançarem e desenvolverem todo o seu potencial.
         O líder não deve ter interesses pessoais de ganho de qualquer espécie, até mesmo o de reconhecimento velado apenas. Mas deve ter boa vontade, prontidão para servir. Não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer.
         O líder não deve ser dominador, mandão, seja pela palavra direta, por artimanhas arquitetadas ou através de terceiros intermediários. Antes, o verdadeiro líder deve se tornar um modelo a ser seguido. Liderança não é comando é influência. Influência que na verdade comanda sem dizer palavra, sem falar alto, sem proferir ameaças ou prometer regalias.  A força e o respaldo da liderança precisam estar plausíveis  no modo de vida.

O líder jamais pode ter pensamento de reizinho mimado. Achar que manda em tudo e em todos. Não pode construir para si um trono e apenas almejar o comando. É preciso ter liberalidade – não se agarrar ao título do seu cargo. Porque o cargo é uma função. O cargo tem que ter funcionalidade – tem que ser realmente útil.
Quando se trata de um ministério, o cargo não existe para servir ao ministro. Nem mesmo para servir de pedestal a fim de que o ministro cresça, apareça, ganhe a vida e realize seus sonhos. Se o ministro há de crescer isso será decorrência da sua fiel atuação. Se ele há de aparecer que seja fruto do seu trabalho e serviço abnegado.

O líder precisa liberar os liderados e não prendê-los sob sua liderança. Outorgar responsabilidades confiando neles, não intentando controla-los o tempo todo em todas as coisas. O líder não deve agarrar-se à sua ‘liderança’, ao seu tempo e ao seu espaço atual. Não vai ser líder para sempre das mesmas pessoas, do mesmo prospecto.  Afinal, atrás de si várias pessoas emergentes hão de tornarem-se líderes também. Muitos com muito mais capacidade, com muito mais carisma, com muito mais sucesso.

O ideal é ser como uma planta móvel. Que de tempos em tempos devidamente preparados por Deus, muda-se para outro lugar. E no lugar onde esteve deixa frutos, sementes e plantas novas já em pleno desenvolvimento. E quando chega em um outro lugar, ali chega para transformar tudo, seja um jardim, uma montanha, um pântano ou um deserto.
Infelizmente alguns querem ser uma grande árvore frondosa e ficar a vida toda no mesmo lugar, a vida toda reinando sobre o mesmo grupo de pessoas e assim ser honrada, admirada, receber dádivas e reinar com sua grande sombra. As plantas novas crescendo sob sua sombra, sendo perpetuamente dominadas pelo poder e alcance de sua sombra. Outrossim, o poder da sombra pode ser protetor, mas é extremamente destruidor do potencial de novas lideranças.
Plantas novas necessitam ter experiências ao sol, sentir a chuva, o vento, até mesmo o frio para serem lapidadas desde cedo, desenvolverem o seu potencial no campo de batalha, aproveitando cada desafio como uma grande oportunidade.
É chegado o tempo das grandes árvores recolherem seus galhos armados, e os estenderem em outra direção. Com eles, ajudarem os outros a se levantarem também. Que tal a liderança atual exercer o papel de intercessor e levantador de outros. Tirar os outros da sua sombra e deixa-los crescer, criando e incentivando oportunidades para que isso aconteça exponencialmente.
Todo  ser humano tem capacidade para realizar alguma coisa. Todo ser humano tem talentos que Deus deu. Alguns são extraordinários, mas poucos são descobertos por culpa dos líderes sempre em evidência, que prezam sua própria evidência e não se ocupam em exercer a verdadeira liderança, apenas querem ser líderes perpétuos.
É hora de o Líder atual ter visão de longo alcance – formar pessoas, formar ministros, formar líderes em abundância, tirar as pessoas da sombra, mais propriamente de sua sombra e colocá-las na luz sem medo de perder o seu cargo. É tempo de desamarrar as pessoas, enxergar o potencial existente e dar vazão à ele. Dar oportunidade, auxiliar e acompanhar de perto o aproveitar dessa oportunidade.
Infelizmente alguns líderes são extremamente dominadores, são como um polvo possuidor de vários tentáculos, onde tudo o que existe, tudo o que se faz, tudo o que se ouve, tudo o que se vê  que está acontecendo e dando certo, coloca os seus tentáculos em cima pra dizer e passar a impressão – Eu estou na liderança.

Ei, grande líder... Deixa os outros vencerem também. Eles são capazes. Não mate o que Deus deu vida. Não amarre o que Jesus libertou. Não declare incapaz aquele para quem Deus deu talentos extraordinários. Não encerre na impossibilidade o que para Deus tudo é possível. Seja líder de verdade, estenda a mão e levante para o teu lado ou até para mais alto que você aqueles que hoje estão sob a sua liderança dominadora.
Que ensino extraordinário nos traz sobre isso a Palavra de Deus:

1 Pedro 5: 2-3.
Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer. Nem por sórdida ganância, mas de boa vontade. Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho.




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