Liderando com sucesso a si mesmo (o próprio Líder)
Liderança é necessário. Mas um líder não
pode exercer liderança coagido por alguma força externa, ou circunstância que o
cerca, mas tem que estar bem disposto, convicto do seu papel, da sua função o qual
não é mandar, dar ordens, e sim influenciar pessoas a alcançarem e
desenvolverem todo o seu potencial.
O
líder não deve ter interesses pessoais de ganho de qualquer espécie, até mesmo o
de reconhecimento velado apenas. Mas deve ter boa vontade, prontidão para
servir. Não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer.
O
líder não deve ser dominador, mandão, seja pela palavra direta, por artimanhas
arquitetadas ou através de terceiros intermediários. Antes, o verdadeiro líder
deve se tornar um modelo a ser seguido. Liderança não é comando é influência.
Influência que na verdade comanda sem dizer palavra, sem falar alto, sem
proferir ameaças ou prometer regalias. A
força e o respaldo da liderança precisam estar plausíveis no modo de vida.
O líder jamais pode
ter pensamento de reizinho mimado. Achar que manda em tudo e em todos. Não pode
construir para si um trono e apenas almejar o comando. É preciso ter
liberalidade – não se agarrar ao título do seu cargo. Porque o cargo é uma
função. O cargo tem que ter funcionalidade – tem que ser realmente útil.
Quando se trata
de um ministério, o cargo não existe para servir ao ministro. Nem mesmo para
servir de pedestal a fim de que o ministro cresça, apareça, ganhe a vida e
realize seus sonhos. Se o ministro há de crescer isso será decorrência da sua
fiel atuação. Se ele há de aparecer que seja fruto do seu trabalho e serviço
abnegado.
O líder precisa
liberar os liderados e não prendê-los sob sua liderança. Outorgar
responsabilidades confiando neles, não intentando controla-los o tempo todo em
todas as coisas. O líder não deve agarrar-se à sua ‘liderança’, ao seu tempo e
ao seu espaço atual. Não vai ser líder para sempre das mesmas pessoas, do mesmo
prospecto. Afinal, atrás de si várias
pessoas emergentes hão de tornarem-se líderes também. Muitos com muito mais
capacidade, com muito mais carisma, com muito mais sucesso.
O ideal é ser
como uma planta móvel. Que de tempos em tempos devidamente preparados por Deus,
muda-se para outro lugar. E no lugar onde esteve deixa frutos, sementes e
plantas novas já em pleno desenvolvimento. E quando chega em um outro lugar,
ali chega para transformar tudo, seja um jardim, uma montanha, um pântano ou um
deserto.
Infelizmente alguns
querem ser uma grande árvore frondosa e ficar a vida toda no mesmo lugar, a
vida toda reinando sobre o mesmo grupo de pessoas e assim ser honrada,
admirada, receber dádivas e reinar com sua grande sombra. As plantas novas crescendo
sob sua sombra, sendo perpetuamente dominadas pelo poder e alcance de sua
sombra. Outrossim, o poder da sombra pode ser protetor, mas é extremamente
destruidor do potencial de novas lideranças.
Plantas novas
necessitam ter experiências ao sol, sentir a chuva, o vento, até mesmo o frio
para serem lapidadas desde cedo, desenvolverem o seu potencial no campo de
batalha, aproveitando cada desafio como uma grande oportunidade.
É chegado o
tempo das grandes árvores recolherem seus galhos armados, e os estenderem em
outra direção. Com eles, ajudarem os outros a se levantarem também. Que tal a
liderança atual exercer o papel de intercessor e levantador de outros. Tirar os
outros da sua sombra e deixa-los crescer, criando e incentivando oportunidades
para que isso aconteça exponencialmente.
Todo ser humano tem capacidade para realizar alguma
coisa. Todo ser humano tem talentos que Deus deu. Alguns são extraordinários,
mas poucos são descobertos por culpa dos líderes sempre em evidência, que
prezam sua própria evidência e não se ocupam em exercer a verdadeira liderança,
apenas querem ser líderes perpétuos.
É hora de o
Líder atual ter visão de longo alcance – formar pessoas, formar ministros,
formar líderes em abundância, tirar as pessoas da sombra, mais propriamente de
sua sombra e colocá-las na luz sem medo de perder o seu cargo. É tempo de
desamarrar as pessoas, enxergar o potencial existente e dar vazão à ele. Dar
oportunidade, auxiliar e acompanhar de perto o aproveitar dessa oportunidade.
Infelizmente
alguns líderes são extremamente dominadores, são como um polvo possuidor de
vários tentáculos, onde tudo o que existe, tudo o que se faz, tudo o que se
ouve, tudo o que se vê que está
acontecendo e dando certo, coloca os seus tentáculos em cima pra dizer e passar
a impressão – Eu estou na liderança.
Ei, grande
líder... Deixa os outros vencerem também. Eles são capazes. Não mate o que Deus
deu vida. Não amarre o que Jesus libertou. Não declare incapaz aquele para quem
Deus deu talentos extraordinários. Não encerre na impossibilidade o que para
Deus tudo é possível. Seja líder de verdade, estenda a mão e levante para o teu
lado ou até para mais alto que você aqueles que hoje estão sob a sua liderança
dominadora.
Que ensino
extraordinário nos traz sobre isso a Palavra de Deus:
1 Pedro 5: 2-3.
Pastoreai o rebanho de Deus que há entre
vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer. Nem por
sórdida ganância, mas de boa vontade. Nem como dominadores dos que vos foram
confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho.
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